quinta-feira, abril 02, 2015

A loba que existe em mim anda com fome de afeto. Ela uiva nas noites quentes em busca de companhia, em busca de bestas-feras que preencham o vazio dilacerante desses olhos sem pecado.
A loba aqui, tem gritado em desespero mudo, e no silêncio do mundo se esbalda em cofissões perdidas.
A loba que existe aqui te quer com suas garras, suas histórias, suas presas ofensivas, apenas para te dilacerar em tiras mínimas, arrancadas à força, na violência contida de sonhos desbotados.
Corra, criança! Corra! 
Ou a loba faminta vai te devorar.

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