sábado, julho 23, 2011


Tantos prós e contras que nem sei de que lado ficar.
E se o teto desabar? Essa noite? Esse dia? Esse instante?
Aquela janela da alma tinha a luz apagada e reflexos de uma lua prateada clareavam lágrimas esquecidas. Não era o fim, pensou assim, sem pensar mesmo. Uma longa caminhada e um destino incerto, não que fosse o certo, mas era o aceitável. Ondas de um calor sem noção.
E se as palavras se tornassem armas? Armas de verdade, dessas que tiram sangue da boca espumante? Da boca nem tão boca. Da boca que grita injúrias e perjúrios de uma mentira solene. Eu te amo era contado em faz de conta, e as contas de uma pérola enferrujada ressecavam um pescoço esquecido. Deixado. Me cante uma canção de ninar para que meus sonhos sejam doces nessa noite longa e negra, sem espera, a esmo em uma verdade sem resposta.

Renata Lôbo

sexta-feira, julho 01, 2011


E na humildade que sentia em não ter um caminho seu, se perdeu na noite úmida e sem amor. Um pra sempre assim, sem eco ou flores mortas enfeitando túmulos esquecidos.

Estou enterrando meus dramas no cemitério das lembranças. Cansada de me doer.

Renata Lôbo



É que você ainda está na minha pele, um formigamento de sensações.
Te quero aqui, para absorver suas palavras,
beber seu gosto, me afogar no seu cheiro.
Te quero aqui. Sem meias verdades nem falsos pretextos.
Apenas aqui.
Meu.
Sua.
O Pronome que quiser.
A gramática que escolher.
Você, meu verbo.
A conjugação perfeita.

Renata Lôbo